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Entrevista com a Stolt Sea Frm

agosto 26, 2025

“A certificação não é um fim. É uma ferramenta que permite fazer bem as coisas e manter a casa em ordem.” — Rubén Faraldo, Stolt Sea Farm

É assim que Rubén Faraldo, Diretor da Divisão de Peixes da Stolt Sea Farm, vê a questão. A empresa acaba de receber a certificação para toda a sua produção de pregado, de acordo com os mais rigorosos critérios do ASC. Opera um total de nove explorações aquícolas em três países: uma na Noruega e as restantes na costa atlântica norte de Espanha e Portugal.

As águas do norte da Península Ibérica oferecem condições ideais de qualidade e temperatura para a criação do pregado. Foi por isso que a indústria do pregado se estabeleceu na Galiza na década de 1980, onde a empresa de origem norueguesa Stolt Sea Farm continua a operar “com grande robustez”, como destaca Faraldo. Tanto é assim que coexistem com a primeira reserva marinha da Galiza, Lira – Carnota, declarada em 2007, décadas após o estabelecimento da Stolt na região.

“O nosso relacionamento com as confrarias de pescadores é muito positivo e apoiamo-nos mutuamente sempre que surge a oportunidade. Isso também reforça a mensagem de que a pesca e a aquicultura são atividades complementares e muito importantes para oferecer proteína de alta qualidade nutricional aos consumidores”, explica Carlos Tavares, responsável pela sustentabilidade da empresa.

Um relacionamento que se estende a todos os territórios onde atuam: “Dedicamos todo o nosso esforço a manter uma relação de colaboração com os vizinhos, com o objetivo de construir um futuro em conjunto.”

Um dia na exploração aquícola de pregado da Stolt Sea Farm

Rubén Faraldo é claro a este respeito: “A prioridade, em todos os momentos, é garantir que o bem-estar dos animais seja adequado — por eles e pela qualidade do produto que queremos oferecer.”

Para isso, contam com equipas profissionais e comprometidas para cuidar de todos os aspetos do ciclo de vida do pregado: desde a seleção genética dos melhores reprodutores até à qualidade da água e à alimentação correta dos alevinos, além da prevenção de doenças. Um pregado pode permanecer até três anos na exploração aquícola, pelo que o seu bem-estar é um investimento e uma obrigação.

“A fase de criação dos alevinos é altamente técnica. As larvas nascem com um nível de desenvolvimento muito básico e qualquer fator pode representar uma ameaça”, ressalta Faraldo. Para promover o bem-estar dos alevinos nesta fase inicial, a Stolt Sea Farm cultiva microalgas nas suas instalações porque “as larvas se sentem mais relaxadas num ambiente com microalgas e conseguem ver melhor as presas de zooplâncton que lhes servem de alimento.”

O nível de exigência é altíssimo; todos os parâmetros devem ser adequados para que a criação seja bem-sucedida.

Aquicultura com base científica

A aquicultura responsável é a resposta para alimentar com qualidade uma população crescente, sem ultrapassar os limites do planeta e respeitando o bem-estar das pessoas e dos animais. Por isso, não se pode falar de aquicultura sem falar de ciência — e também de inovação.

Na Stolt Sea Farm, há um longo histórico de colaboração com diversas universidades e centros tecnológicos no desenvolvimento de projetos inovadores. Estes abrangem melhorias em todas as fases de cultivo, investigações de ponta em genética produtiva, prevenção de doenças com desenvolvimento de novas formulações vacinais, criação de fórmulas de alimentação mais sustentáveis e promoção do bem-estar das espécies durante o cultivo. As colaborações abrangem não só universidades galegas, como também universidades e centros de investigação em Portugal, França, Noruega e Dinamarca.

Precisamos continuar a trabalhar com universidades e centros de investigação para conhecer, avançar e eliminar lacunas científicas. A base do processo de criação é a ciência.

Uma escolha nutritiva e com futuro

Se escolher um pregado da Stolt Sea Farm com certificação ASC já não fosse suficiente por ser o alimento do futuro, há ainda mais razões: “Além de delicioso, o nosso pregado é muito nutritivo, rico em proteínas, fonte de fósforo e especialmente rico em vitamina B12. Tem uma consistência firme, uma cor branca que é visualmente atraente nos pratos e o torna muito versátil. Além disso, o júri do International Taste Institute (ITI) classificou o nosso pregado fresco e congelado como excecional”, conclui Manuela Gómez, responsável de Marketing e Desenvolvimento de Negócios.

A certificação ASC como ferramenta, não como fim

Todo este compromisso foi reconhecido por auditores independentes, que confirmaram que as nove explorações aquícolas de pregado — toda a sua produção — podem receber o selo ASC, o mais exigente da aquicultura responsável.

“A certificação não é um fim. É uma ferramenta que permite fazer bem as coisas e manter a casa em ordem”, afirma Faraldo.

Para Tavares, isso reforça a mensagem de que o produto é criado de forma responsável, respeitando o meio ambiente e as comunidades locais. “Ajuda-nos a comunicar e a validar de forma independente todo o esforço que fazemos nesse sentido,” conclui.

Confidental Infomation